FAC realiza estudo para conhecer a resposta imunitária da população ao novo coronavírus

As Fundações “Vox Populi”,“Manuel Viegas Guerreiro” e “Álvaro Carvalho” resolveram criar um “Grupo de Trabalho” (GT) destinado a realizar estudos para tentar conhecer aspetos da resposta imunitária da população ao coronavírus.

O trabalho destina-se a obter elementos relevantes sobre a resposta imunitária a esta infeção, que possam servir às autoridades de saúde para melhor lidarem com a pandemia. Os resultados obtidos serão entregues à Ordem dos Médicos, que os fará chegar à Direcção Geral de Saúde.

   O projeto abrange: Estudo de prevalência na população portuguesa, para cuja concretização foi escolhido o concelho de Vila Nova de Gaia, que retrata bem o país.

 Além disso, depois do de Lisboa é o concelho que tem mais habitantes e foi uma zona com grande incidência de casos. Serão testados entre 2500 a 3000 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos; Painel de vigilância serológica regular de pessoas que estiveram doentes, para verificar se ficam com algum grau de imunidade, maior ou menor. Prevê-se que entrem neste estudo cerca de 600 pessoas, que serão avaliadas durante um ano. Algumas delas são utentes ou funcionárias de Lares da Terceira Idade; Testes a profissionais de saúde numa amostra entre 1500 a 2000, para perceber se a incidência da infeção é maior entre eles do que na população em geral.

  O financiamento destes ambiciosos estudos será suportado pelas citadas Fundações e pela Fundação Claude and Sofia Marion. Terão o apoio operacional do Centro de Medicina Germano de Sousa, que efetuará os testes sem qualquer intuito lucrativo e a participação “pro bono” do infeciologista Francisco Antunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, da Medical School da Universidade Nova de Lisboa, de que é director o Professor catedrático Jaime da Cunha Branco e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, dirigido pelo epidemiologista e Professor catedrático José Henrique Pinto de Barros.

  Os voluntários que participam nos projectos não suportam quaisquer despesas.